“Há quem queira uma Europa que aja como uma ´nação´ de populações solidárias”, defende Viriato Soromenho-Marques.

“Porque precisamos de uma Europa Federal?”. Este será o tema da apresentação de Viriato Soromenho-Marques, professor de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, que irá fomentar o debate no dia 3 de junho, às 21h30, no auditório da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). De entrada livre, a sessão assinala o regresso do ciclo de debates “Open Mind”, uma iniciativa do Comissariado Cultural da FEUP, em colaboração com a Unidade de Orientação e Integração (UOI).

“Segundo alguns, Portugal flutua, segundo outros, afunda-se. Mas quase todos concordam que o futuro do País está associado ao da Europa. Há quem proponha sairmos do Euro e mantermo-nos na União Europeia. Há quem defenda abandonarmos o projeto de ´uma Europa´. Há quem queira uma Europa que aja como uma ´nação´ de populações solidárias”, defende Viriato Soromenho-Marques.

Viriato Soromenho-Marques é professor catedrático de Filosofia na Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde leciona nos cursos de Filosofia e de Estudos Europeus. É membro correspondente da Academia das Ciências de Lisboa, e da Academia da Marinha. Foi membro do Conselho de Imprensa (1985-1987); Presidente nacional da Quercus ANCN (1992-1995); integrou o Conselho Económico e Social (1992-1996). Exerceu as funções de Vice-Presidente da Rede Europeia de Conselhos do Ambiente e do Desenvolvimento Sustentável (EEAC), entre 2001 e 2006.

É membro do Conselho Nacional do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (CNADS); foi coordenador científico do Programa Gulbenkian Ambiente (2007-2011); membro do High Level on Energy and Climate Change do Presidente da Comissão Europeia (2007-2010). É Grande Oficial da Ordem de Mérito Civil (1997), e Grande Oficial da Ordem do Infante D. Henrique (2006).

Viriato Soromenho-Marques é autor de mais de quatro centenas de obras (entre as quais vinte livros) sobre temas filosóficos, ambientais e estratégicos. Proferiu e/ou coordenou mais de mil conferências, seminários, e cursos em 23 países. Tem colaborado regularmente na imprensa escrita e audiovisual.

No plano académico, introduziu na Universidade de Lisboa a linha de investigação e ensino pós-graduado no domínio da Filosofia do Ambiente (1995), onde se integram o estudo da ética, da educação e das políticas ambientais. Em 2009 foi um dos promotores do Programa Doutoral em Alterações Climáticas e Desenvolvimento Sustentável, congregando a UL, a UNL e a UTL. Tem investigado ao longo das últimas duas décadas os contributos do federalismo constitucional norte-americano e da construção europeia para os modelos de governação mundial na era da crise global do ambiente.

O debate desta segunda-feira será moderado por Luís Melo, professor da Faculdade de Engenharia da U.Porto.