Projeto implementa sistema para minimizar efeitos nocivos da exploração de carvão. (Foto: DR)

O INESC TEC (coordenação),o Departamento de Geociências Ambiente e Ordenamento do Território da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP), a Universidade de Alcalá, a Universidade Pública de Navarra (ambas de Espanha) e a Universidade de Limoges (França) juntam-se no projeto europeu ECOAL-MGT para desenvolver e testar, em ambiente real, uma tecnologia para monitorizar os resíduos perigosos de carvão.

A equipa está a desenvolver uma tecnologia inovadora em fibra ótica que recebe dados resultantes da monitorização da emissão de gases e da temperatura da escombreira de carvão, que são posteriormente tratados por modelos geológicos. A utilização de tecnologia em fibra ótica garante segurança (pois é feita remotamente), análise da informação em tempo real e leitura multiponto. Pretende-se identificar perigos em tempo útil, de forma a definir ações corretivas e minimizar o impacto ambiental negativo dos resíduos de carvão.

A freguesia de São Pedro da Cova (Gondomar), cujas antigas minas possuem resíduos perigosos de carvão, foi selecionada para testar um protótipo desta nova tecnologia de monitorização, que se espera possa ser validada para aplicação posterior em larga escala. O sistema piloto vai ser implementado no segundo semestre de 2013.

Só no Norte de Portugal há mais de 20 escombreiras resultantes da exploração de carvão, a céu aberto. Parte destas escombreiras localiza-se perto de centros urbanos, o que constitui um grave perigo ambiental, uma vez que os resíduos de carvão, sobretudo quando entram em combustão, emitem gases tóxicos responsáveis por poluição atmosférica, chuvas ácidas, destruição de fauna e flora e aparecimento de doenças, particularmente do foro respiratório.

O projeto ECOAL – MGT (Ecological Management of Coal Waste Piles in Combustion), orçamentado em 900 mil euros, é cofinanciado pela União Europeia, com fundos FEDER, no âmbito do programa SUDOE.