Futuro dispositivo será capaz de mimetizar o comportamento de um intestino de peixe. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

A Biofabics, startup incubada no UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, vai articipar num projeto europeu que vai receber 2.9 milhões de euros de financiamento da Comissão Europeia. O projeto europeu Fish-AI, coordenado pela Universidade de Milão, e no qual participa a empresa portuguesa, pretende desenvolver um microintestino.

Fundada há cerca de um ano, a Biofabics é uma empresa de investigação e desenvolvimento especializada em análogos de biotecidos em 3D, que pretende fornecer soluções para o estudo, reparação ou substituição de tecidos e órgãos.

O Fish-AI vai receber cerca de 3 milhões de euros da Comissão Europeia, estando parte desse valor –  500 mil euros – destinado à Biofabics. O projeto europeu pretende desenvolver um microintestino, através de um microdispositivo com tecnologia organ-on-a-chip, onde se colocam células que por sua vez se comportarão como se estivessem no corpo humano, mimetizando um órgão.

“Neste caso particular, será semelhante a um intestino de peixe, de modo a permitir mimetizar, estudar e melhorar a eficiência da sua nutrição, particularmente em aquacultura”, refere Pedro Costa, fundador da Biofabics. A empresa vai ter um papel fundamental na conceção do dispositivo, que, mais tarde, será testado pelos outros membros do consórcio.

Além deste investimento, a Biofabics venceu ainda o prémio MedIdeas do Nortexcel – Centre of Excellence on Medical Technologies, em setembro. Já Pedro Costa, fundador da empresa, foi recentemente escolhido para a atribuição de uma bolsa Marie Curie Individual no valor de 150 mil euros.