A candidatura do Santuário do Bom Jesus de Braga foi realizada com a ajuda de uma equipa de arquitetos paisagistas da FCUP. (Foto: DR)

O Santuário do Bom Jesus, em Braga, recentemente classificado Património Mundial da UNESCO, contou, na sua candidatura, com o apoio científico de uma equipa de professores da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP).

A candidatura foi coordenada cientificamente por Teresa Marques e Teresa Andresen, Professora auxiliar e Professora Catedrática da FCUP, respetivamente, no âmbito de um protocolo estabelecido em 2011 entre a faculdade e a Confraria do Bom Jesus do Monte, proprietária do santuário. Este contrato teve como objetivo a realização de estudos prévios para a Candidatura do Bom Jesus do Monte a inscrição na Lista do Património Mundial (Unesco).

“Os estudos prévios são a primeira fase de trabalho que permite conhecer o bem e avaliar sobre o seu potencial ‘valor universal excepcional'”, explica Teresa Marques. Depois de comprovado este potencial, “passa-se para a fase de candidatura que é instruída de acordo com um formato definido pela Unesco, com a Identificação do bem, a Descrição do bem, a Justificação da inscrição, o Estado de conservação e fatores que afetam o bem, e a Proteção e gestão”. A equipa composta por vários docentes arquitetos paisagistas da FCUP ajudou a desenvolver vários dos documentos da candidatura, particularmente “nas várias dimensões do estudo da paisagem, da sua caracterização e na proposta de gestão”.

“O relatório final destes ‘Estudos Prévios’ ficou concluído em 2013 e, em 2014, iniciaram o processo de inclusão na Lista Indicativa de Portugal, o que viria a acontecer em 2016”, conta a docente da FCUP. O culminar deste processo foi a inscrição, a 7 de julho, do Santuário do Bom Jesus do Monte na Lista do Património Mundial, como Paisagem Cultural.

Na elaboração de vários dos documentos que constituíram a candidatura estiveram envolvidos os também docentes da FCUP Luís Guedes de Carvalho, Nuno Costa, Ana Catarina Antunes, Carla Gonçalves, Gonçalo Andrade e Bernardo Magalhães e Menezes.

Recorde-se que a candidatura foi avaliada na 43.ª Sessão do Comité do Património, Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO) que decorreu em Baku, no Azerbaijão, de 7 a 10 de julho.