o Grupo da “Seara Nova”, composto por Teixeira de Vasconcelos, Raul Proença, Câmara Reys (de pé),  Jayme Cortesão, Aquilino Ribeiro e Raul Brandão (sentados). (Foto: DR)

É uma das mais antigas e mais importantes revistas de intervenção cívica, cultural e política em Portugal e está ligada à afirmação de figuras maiores da cultura nacional como Aquilino Ribeiro, Jaime Cortesão ou Raul Brandão. A Seara Nova festeja 90 anos de vida em 2013 e assinala a data a partir da próxima quinta-feira, 11 de abril, com uma exposição retrospetiva no edifício da Reitoria da Universidade do Porto.

Patente até 24 de maio de 2013, a exposição “Seara Nova – 90 anos de intervenção cívica e cultural” reúne registos documentais desde a primeira edição da revista até aos dias de hoje, que permitem revisitar a história de uma publicação que ajuda a traduzir o pensamento português do século XX e da alvorada do século XXI. Pelo caminho, o visitante será desafiado a (re)conhecer muitas das mudanças sociais e políticas que ocorreram em Portugal após a implantação da República.

Fundada em 1921 por um grupo de intelectuais – Aquilino Ribeiro, Augusto Casimiro, Faria de Vasconcelos, Ferreira de Macedo, Francisco António Correia, Jaime Cortesão, José de Azeredo Perdigão, Câmara Reys, Raul Brandão e Raul Proença, entre outros – a Seara Nova apresenta no seu “ADN” uma preocupação pela reflexão da realidade nacional e internacional, assumindo-se, desde sempre, como alternativa ao pensamento dominante..

Esta exposição presta também homenagem aos que fundaram a revista e aos que, ao longo de quase um século, têm animado as páginas da Seara Nova com as suas análises, opiniões e comentários, sem esquecer os que assumiram o cargo de diretor: Raul Proença, António Sérgio, Câmara Reys, Augusto Casimiro, Rogério Fernandes, Augusto Abelaira, Rodrigues Lapa, José Garibaldi e Ulpiano Nascimento. Nela encontram-se alguns  excertos desses artigos, muitos dos quais evidenciam uma atualidade surpreendente.

Dirigida desde 1979 por Ulpiano Nascimento, a Seara Nova é hoje propriedade da Associação Intervenção Democrática – ID. Tal como há 90 anos, assume o “combate pela democracia política, económica, social e cultural, pelas liberdades individuais e coletivas” como missões fundamentais.

Após inauguração, marcada para as 18h30 desta quinta-feira, a exposição pode ser visitada de terça a sexta-feira, das 10h00 às 17h00, na Sala de Exposições Temporárias da Reitoria. A entrada é livre.

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