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A atividade física é mais frequente entre os homens, que preferem por sua vez as atividades mais “vigorosas”. (Fotos: CDUP-UP)

A saúde lidera o topo das motivações que levam os estudantes universitários a praticarem desporto, logo seguida do “prazer” e da “satisfação pessoal”. As conclusões constam de um estudo desenvolvido por estudantes do curso de Ciências de Desporto da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP) a partir de um inquérito realizado a mais de 300 estudantes da Universidade.

O estudo, denominado “Relação dos hábitos desportivos dos estudantes universitários e suas motivações: estudo de comunidade da Universidade do Porto (UP)”, contou com a participação de 311 estudantes com idades entre os 17 e os 42 anos. Em entrevista à agência Lusa, Olga Freitas, uma das investigadoras participantes, diz que a “preferência pela categoria saúde pode ser explicada pelo conhecimento por parte dos estudantes de informações relacionadas com uma melhor qualidade de vida”.

Entre os estudantes inquiridos, são os homens que apresentam maior frequência na prática desportiva, enquanto as mulheres têm uma linha mais ténue neste assunto. “O facto de o sexo masculino apresentar maiores níveis de frequência podem ser explicados pelas diferenças biológicas, socioculturais e de perceção do corpo e atributos de género”, dizem as autoras do estudo.

No que toca ao tipo de exercicio praticado,  as mulheres preferem as “atividades leves” devido à “fragilidade e delicadeza do corpo”. Já os homens são dirigidos para atividades mais “vigorosas”, com ideias de corpos “fortes e vigorosos”.

Em relação às idades, verifica-se uma maior frequência de prática nos estudantes com idades superiores a 18 anos, e uma menor frequência nas idades iguais ou abaixo de 18 anos. Um facto que, para os investigadores, pode ser explicado pelo tempo mais limitado de um estudante que está numa fase de preparação para a entrada da universidade e que tende a ser invertido “A adaptação à nova realidade pode levar mais tarde ao (re) ingresso duma atividade física, levando por isso a um aumento da frequência”, lê-se no estudo.

Mas nem tudo são boas notícias. De acordo com Olga Freitas, o estudo permitiu ainda verificar um número “muito elevado e talvez preocupante” de estudantes que não exerce qualquer tipo de prática física (cerca de 40%), tendo em conta a idade dos inquiridos. Para contrariar esta inatividade desportiva, a investigação recomenda que “é necessário conhecer os hábitos dos estudantes à entrada na faculdade e conhecer as suas motivações”.