O robô criado por investigadores do INESC-TEC vai ajudar a “valorizar e rentabilizar” as florestas.

Começou a ser produzido há um ano e meio, pesa uma tonelada e pode substituir a maquinaria utilizada atualmente no processo de limpeza das florestas. Estamos a falar de um robô, desenvolvido pelo INESC TEC, que vai ajudar a valorizar e rentabilizar as florestas, através da recolha de vegetação.

“O robô é colocado no espaço que se pretende recolher a biomassa e aí trabalha sozinho, levando o material até à berma e fazendo uma pilha. Depois, regressa ao local onde começou. Contudo, numa primeira fase será sempre visionado por um operador”, comenta o investugadir Filipe Neves dos Santos.

A vegetação recolhida, depois de triturada, poderá ser utilizada para aquecimento de estufas, criação de energia ou na incorporação em plásticos para a indústria automóvel.

O estudo, elaborado no âmbito do BIOTECFOR – um projeto que visa maximizar a eficiência de utilização dos recursos florestais – conta também com o apoio de dois parceiros espanhóis, a Associación Forestal de Galicia e o Centro Tecnológico de Automoción de Galicia, que estão a desenvolver duas máquinas de estilhagem para auxiliarem o robô.

A equipa prevê que, no próximo ano,o robô possa ser testado em ambientes reais, onde existe declive e vegetação densa. O robô vai estar em demonstração no expositor do INESC TEC na Agroglobal, uma feira agrícola nacional, que decorre de 5 a 7 de setembro em Valada do Ribatejo, no Cartaxo, distrito de Santarém.