Alberto Pacheco viaja de Baguim do Monte até ao pólo do Campo Alegre da Universidade do Porto todos os dias. É na Faculdade de Ciências (FCUP) que frequenta a Licenciatura em Matemática. Alberto passou um primeiro ano em “que houve muita coisa para apreciar”, como ter “aulas com vários matemáticos diferentes e experientes”. Embora “os exames às nove da manhã” tenham sido exigentes, logo no primeiro ano, o estudante destacou-se com uma média de 19,35 valores, feito que lhe valeu um lugar entre os vencedores da edição 2018 do Prémio Incentivo da U.Porto. Mas isso não é o essencial: “Quero é aprender Matemática”, garante o estudante.

– O que te levou a escolher a U.Porto?

Decidi vir estudar para a Universidade do Porto porque o curso de Matemática da Faculdade de Ciências é um bom curso de Matemática. A partir do momento em que quis estudar Matemática na faculdade, a decisão que havia para ser tomada tornou-se trivial.

– O que gostaste mais e menos neste primeiro ano na Universidade?

Um ano ainda é algum tempo, logo diria que houve muita coisa para apreciar. Entre tudo o que de novo me apareceu na vida por ter vindo para a Universidade, ter aulas com vários Matemáticos diferentes e experientes é provavelmente o que de melhor pude retirar. Poder aprender sobre certas áreas com pessoas que as estudaram muito intensamente ao longo de bastante tempo é uma experiência bastante enriquecedora e, honestamente, insubstituível.

Quanto ao que houve de negativo… Há quem se queixe de stress, de competitividade, e de muitas coisas que parecem sérias. A coisa da qual menos gostei, num primeiro momento, não parece dita a sério, mas afirmaria mesmo que os exames às nove da manhã foram, entre tudo o que tive na vida durante este ano, o que mais descontentamento me causou.

– Uma ideia para melhorar a U.Porto?

Se aponto algo como “a coisa da qual menos gostei”, parece natural dizer que ela poderia ser melhorada. Acho que é uma opinião algo pessoal, mas é certamente intensa o suficiente para eu dizer que exames às nove da manhã foram a coisa da qual menos gostei durante todo este ano. A extinção de exames a essas horas tem certamente algumas motivações legítimas, tendo em conta a distância que alguns dos alunos têm de percorrer até às suas faculdades, as horas a que têm de acordar para o fazer e, consequentemente, as poucas horas de sono com que têm de ser seguidamente avaliados.

– Um desejo para a Universidade do Porto, no seu aniversário?

Não tenho criatividade suficiente para desejar algo que ainda não tenha desejado, creio. Só espero então que a Universidade possa festejar muitos mais aniversários continuando o sucesso enquanto instituição de ensino que hoje já tem.

– Qual a importância do Prémio Incentivo para o teu futuro?

Agradeço muito o Prémio, mas não lhe atribuo muita importância. Embora seja interessante ter uma das melhores médias da minha faculdade e receber alguma espécie de distinção por isso, derradeiramente não é esse o meu objetivo. O meu objetivo é aprender Matemática, que é o que gosto de fazer e o porquê de cá estar a estudar. Se ao aprender Matemática acabo por ter boas notas e até receber prémios por isso, fico contente, mas não é a isso que aponto. Quero é aprender Matemática.