Do priemir oano na U.Porto, Catarina destaca os professores “de alta categoria, prestáveis e de renome”, os funcionários, “sempre executando o seu papel agradavelmente”, ou os colegas, “que se tornaram muito mais que isso”. (Foto: DR)

O ano letivo de 2017/18 foi muito preenchido para Catarina Silva Marques. Iniciou o Mestrado Integrado em Psicologia da Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação (FPCEUP), aderiu à tuna feminina (a Atituna), colaborou na Mostra da U.Porto, assistiu a palestras e participou em workshops, para além de outras atividades típicas da vida académica. Pelo caminho, conseguiu ser a estudante de primeiro ano da sua faculdade com a melhor média final (de 17,45 valores), motivo pelo qual foi mais uma dos vencedores dos Prémios Incentivo 2019.

Sobre o início da sua experiência académica, sobram-lhe os elogios. Os professores, que são “de alta categoria, prestáveis e de renome”, os funcionários da U.Porto, “sempre executando o seu papel agradavelmente”, ou os colegas, “que se tornaram muito mais que isso”, todos lhe merecem o mais vibrante apreço, a um ponto tal que “as palavras não podem descrever.” Sentiu, reconhece, a falta da família e dos amigos que ficaram na sua natal Gouveia, mas recompensou-a certamente o “orgulho” do acesso à “universidade com a média de ingresso mais elevada do país” no seu curso e o prazer de viver numa cidade “encantadora a vários níveis” como a Invicta.

– O que te levou a escolher a U.Porto?

Escolher a U.Porto foi a minha primeira opção devido sem dúvida ao seu prestígio e qualidades exímias! É a universidade com a média de ingresso mais elevada do país para o curso que pretendia – o que, conseguindo eu ingressar nela, seria motivo de grande orgulho – e também a que tem maior visibilidade e reconhecimento para o exterior – dentro e fora do país, bem como no mercado de trabalho. Não podia deixar de mencionar a bela cidade do Porto, que foi seguramente um dos fatores que me atraiu! Acredito que estar num ambiente que se aprecia é um fator muito importante para o sucesso académico, pois, para além da qualidade de ensino, é imprescindível uma envolvência cativante e de certo modo até relaxante para que o aluno se sinta enquadrado e motivado – e não me surge uma cidade mais equilibrada e encantadora a vários níveis como o Porto.

– O que gostaste mais e menos neste primeiro ano na Universidade?

O que menos gostei foi ter-me confrontado com a distância a casa e à família e amigos, que estava acostumada a ter por perto. Por outro lado, ressalto o grau de exigência que mudou do secundário para a universidade, bem como o grau de autonomia e o sistema de avaliação. Claro está que houve muita coisa que saliento como o que mais gostei, até estes aspetos que numa fase inicial se mostraram como negativos: apesar da distância e da mudança de um meio interior semiurbano para um meio bastante mais desenvolvido e litoral, foi bom experienciar independência – embora gostasse de ter o conforto, carinho e apoio da maneira que tinha antes de vir para a faculdade este elemento obrigatório (o afastamento) decorrente da minha escolha foi motivador e de certo modo libertador, como que me tenha feito aperceber das responsabilidades de crescer; realço as grandes relações que já tinha e que aqui criei e pretendo manter – pessoas incríveis que cruzaram o meu caminho (seja professores de alta categoria, prestáveis e de renome na minha área, seja os funcionários sempre executando o seu papel agradavelmente e auxiliando os alunos, seja por fim os colegas que se tornaram muito mais que isso, que as palavras não podem descrever); enfatizo que o grau de exigência acabou por se revelar um estimulador, bem como a autonomia me mostrou o quão as minhas capacidades podem desenvolver-se e, com base nisso, o quão melhor pessoa me posso tornar a cada dia. Concluo afirmando que evidentemente o balanço é positivo e por isso, com base na minha experiência individual, recomendo imenso a U.Porto!

– Uma experiência para recordar?

Foram inúmeras as oportunidades que me foram dadas desde que incorporei a Universidade do Porto, mais especificamente na minha Faculdade (FPCEUP), pelo que me é muito complicado selecionar uma só experiência. Sublinho a escolha que fiz em fazer parte da Praxe da Academia do Porto; outra excelente opção minha foi juntar-me à Tuna Feminina da minha Faculdade (a Atituna), pois satisfez um desejo meu que desde pequena tenho (a música); Não poderia faltar referir o Projeto Mentoria, que se empenha bastante em chegar aos alunos e os auxiliar neste primeiro ano e sobretudo nos primeiros tempos em que andam meios perdidos; num aspeto mais “académico” relevo as várias palestras, workshops, aulas dadas por outros especialistas que nos foram disponibilizadas e que fomentaram, para quem pôde e quis aproveitar, a abrangência do nosso conhecimento para diversas áreas, e chances de ir mais além nas nossas capacidades e trabalhar para o currículo como participar como staff na Mostra da U.Porto; Por último, e não menos importante, friso o companheirismo tanto em dias de estudo em conjunto como em festas (por exemplo a Gala Zés d’Ouro da minha Faculdade). Todas estas facetas que preenchem a minha vida universitária são igualmente marcantes porque me orientam e integram e principalmente porque me ajudam a aprimorar os meus valores e ganhar competências de lidar com as pessoas, que eu defendo serem cruciais para a vida futura, não só na minha área mas também na sociedade em geral.

– Uma ideia para melhorar a U.Porto?

Tentando não repetir o que os colegas do ano passado já referiram, eu acredito que apostar em cada indivíduo, nas suas características e no que ele tem a dizer, bem como em características grupais, seria uma boa maneira de valorizar cada pessoa tal como é, ajudá-la a perceber os seus pontos fortes e fracos e a promover os fortes, tendo simultaneamente a particularidade de estimular o trabalho em grupo, especialmente com pessoas de outras áreas (por exemplo de outras faculdades da U.Porto ou até mesmo de outras universidades, partilhando conhecimentos de vários níveis) pela diversidade de registos de pensamento e ação. Isto tornaria os alunos pessoas mais complexas, o que lhes daria uma melhor bagagem para lidar com o mundo lá fora. Simultaneamente, investir numa parte mais prática e envolvente de modo a providenciar aos alunos quer material mais fascinante quer uma base que os faça sentir necessários naquilo que estão a estudar e no futuro da área em que se encontram.

– Um desejo para a Universidade do Porto, no seu aniversário?

Desejo que tenha brio do processo que tem vindo a construir nos últimos 108 anos e que de igual forma faça os seus estudantes sentirem glória de fazer parte deste avanço, mas que não se esqueça de continuar a fazer esforços por acompanhar o progresso mundial e de transmitir aos seus alunos a necessidade de se dedicarem de forma balançada às variadas vertentes da sua vida.

– Qual a importância do Prémio Incentivo para o teu futuro?

Apesar de o importante serem as aprendizagens que ganhei no primeiro ano, não vou mentir ao dizer que não é assim tão relevante porque é uma honra gigantesca receber um prémio, quando o mesmo valoriza o que consegui concretizar e atingir no passado ano. Notoriamente instiga-me a querer sempre continuar o bom trabalho e dar o meu melhor, sabendo que o mesmo não é em vão, pois ser recompensada é uma prova material de que efetivamente a persistência e empreendimento valem realmente a pena; isto para não falar do desafogo que a parte monetária provê! Penso que este tipo de premiação devia ser mais publicitada, de maneira a dar a conhecê-la aos alunos e de certa forma motivá-los a ser ainda melhores.