Nuno Ribeiro, investigador da Unidade de Comunicação do Instituto de Investigação e Inovação em Saúde da Universidade do Porto (i3S), nasceu na cidade-berço de Portugal no ano de 1980 e continua a considerar Guimarães a cidade mais linda do mundo. Em 1998 mudou-se para o Porto para estudar e foi na Invicta que conheceu e se apaixonou pela sua mulher. Pessoalmente, assume-se como «pai babado de uma menina que todos os dias me mostra quão bela pode ser a vida».

Desde muito cedo que Nuno Ribeiro se interessou pela Natureza e pela Ciência de todas as coisas. Gostava de perceber e explicar os fenómenos naturais. Assim, foi com naturalidade que se licenciou em Ensino de Biologia e Geologia na FCUP e abraçou a profissão de professor em 2002. Soube na primeira aula que era isso que queria fazer. Adora o ambiente da escola enquanto local de partilha de saberes, mas acima de tudo adora o contacto com os alunos e tudo o que ensina e aprende com eles. Numa busca incessante por mais conhecimento, tornou-se em 2006 mestre em Ensino de Biologia (também na FCUP). Ainda na vertente profissional, Nuno Ribeiro deu formação de professores e publicou vários manuais escolares e auxiliares de ensino. Essa experiência editorial despertou-lhe uma vontade diferente: publicar um livro ou um conto infantil. Sempre gostou de ler e a possibilidade de poder imaginar novos mundos e novas realidades sempre o fascinou, mas faltava-lhe a disponibilidade para se sentar e escrever. Até que em 2010, numa visita à ilha do Faial nos Açores, se deparei com um gato sentado num muro a olhar para o mar. Assim nasceu «O gato que gostava do mar».

Por achar que não é apenas na escola que se ensina e se aprende Ciências, juntou-se em 2006 à Unidade de Divulgação Científica do Ipatimup. Aí desenvolveu, em conjunto com outras pessoas, projetos junto de crianças e jovens na área do ensino experimental e da prevenção de cancro. Motivado por estes projetos decidiu embarcar em 2012 noutra aventura académica: o doutoramento. Encontra-se atualmente na fase final do doutoramento em Multimédia em Educação pela Universidade de Aveiro, que está a realizar no i3S – Instituto de Investigação e Inovação da Universidade do Porto. No âmbito do doutoramento desenvolveu a Happy, a primeira aplicação para telemóvel de prevenção de cancro desenhada especificamente para o utilizador. Esta aplicação utiliza dados contextuais e pessoais para dar sugestões personalizadas que ajudarão a tomar decisões mais saudáveis e, assim, reduzir o risco de cancro. A aplicação «Happy» foi finalista do prémio PT Inovação 2017.

Naturalidade? Guimarães.

Idade? 37 anos.

Do que mais gosta na Universidade do Porto?

Da qualidade do ensino e da investigação que se pratica na Universidade do Porto.

Do que menos gosta na Universidade do Porto?

Da falta de colaboração entre diferentes faculdades e institutos da Universidade. Às vezes é mais fácil colaborar com outras instituições do que dentro da Universidade do Porto…

Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Fomentar a colaboração dentro da universidade através da criação de unidades multidisciplinares.

Como prefere passar os tempos livres?

A brincar com a minha filha e a fotografar.

Um livro preferido?

Há muitos livros que gostei de ler por razões diferentes. Posso destacar a título de exemplo “As Intermitências da Morte” de José Saramago, “Admirável Mundo Novo” de Aldous Huxley, “A Quinta dos Animais” de George Orwell, “Don Quijote de la Mancha” de Cervantes…

Um disco/músico preferido?

Gosto de muitos tipos de música e de muitos artistas. Se tivesse que escolher só um disco provavelmente seria o álbum Achtung Baby, dos U2.

Um prato preferido?

Arroz de Cabidela, sem dúvida.

Um filme preferido?

Posso dizer que o filme “Na Natureza Selvagem” (Into the Wild, no original) me “ficou na retina”, mas tenho muitos outros filmes de que gosto muito.

Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Realizada, o safari fotográfico no Quénia, por realizar muitas: à Amazónia, à Costa Rica, ao Havai…

Um objetivo de vida?

Aprender algo novo todos os dias.

Uma inspiração?

A minha filha, a principal razão para querer construir um mundo melhor.

O projeto da sua vida é?

Viver muito e bem. Aproveitar cada dia e saborear cada experiência nova.

Uma ideia para promover a investigação da U.Porto a nível internacional?

Criar um projeto semelhante à TED que permita divulgar o que de melhor se faz na Universidade do Porto.