Natural da Póvoa de Varzim, Jaime Cardoso dedica o seu tempo a criar computadores mais inteligentes. Desse trabalho já resultou, entre outros trabalhos, o desenvolvimento de aplicações que visam melhorar o diagnóstico e  tratamento do cancro da mama. No passado mês de novembro, este investigador do INESC TEC viu o seu percurso reconhecido além-fronteiras através nomeação para a presidência da Associação Portuguesa de Reconhecimento de Padrões (APRP).

Este reconhecimento é mais um capítulo de uma carreira repleta de sucessos, ou não fosse o também Professor Auxiliar na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) detentor de uma das melhores notas finais de todos os tempos na Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e de Computadores da FEUP e no Mestrado em Engenharia Informática da Faculdade de Ciências da U.Porto (FCUP). Jaime Cardoso concluiu ambos os graus, o primeiro em 1999 e o segundo em 2005, com a sugestiva média de 19 valores.

O investigador do INESC TEC afirma que “é com gosto” que vai trabalhar todos os dias, mas também aprecia os tempos livres, praticando desporto, lendo o jornal na esplanada ou passeando com a família. Indica ‘Lições de Cálculo Diferencial e Integral’ como um dos seus livros preferidos e queria que os computadores fossem mais inteligentes, mas não esquece o seu lado adolescente como fã da série “Dragon Ball”.

– Naturalidade?

Argivai, Póvoa de Varzim.

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

(Quase todos) os alunos. A possibilidade de estar rodeado de pessoas que não me deixam estagnar nem acomodar no que faço. É com gosto que venho trabalhar todos os dias.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

O desperdício de tempo e energia com o acessório. Por vezes, parece haver tarefas apenas para justificar posições. Julgo que podemos ser muito mais produtivos.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Valorizar o mérito.

– Como prefere passar os tempos livres?

A fazer desporto, a “ler o jornal na esplanada” e a passear com a família.

– Um livro preferido?

Abusando, indico vários:
a)    “What is Mathematics?” de Richard Courant e Herbert Robbins, revisto por Ian Stewart;
b)    Um dos livros que reli mais vezes foi o ‘Lições de Cálculo Diferencial e Integral’, de Alexander Ostrowski;
c)    Clássicos Portugueses, em particular alguns de Júlio Dinis (“Uma Família Inglesa” e “As Pupilas do Senhor Reitor”).

– Um músico / disco preferido?

Não tenho (não ouço muita música).

– Um prato preferido?

Já era a Dieta Mediterrânica, ainda antes de ser Património Cultural Imaterial da Humanidade.

– Um filme preferido?

Posso indicar uma série? “Dragon Ball”. 🙂

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)?

Nova Zelândia e Austrália (por realizar).

– Um objetivo de vida?

Encontrar o ponto de equilíbrio ótimo na vida!

– Uma inspiração?

Família, sem dúvida.

– Uma descoberta que gostasse de fazer?

Fazer o computador só um bocadinho mais inteligente.