Apaixonado por “projetos idealizados, planeados e executados exclusivamente por estudantes universitários por sua livre iniciativa e proatividade”, Filipe Sousa é estudante finalista da Licenciatura em Economia da Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP). Ao longo de 2017, Filipe fundou e participou em vários projetos de ação social e de relação com a comunidade – comportamento que o levou a ganhar o Prémio Cidadania Ativa da U.Porto no campo do empreendedorismo.

Membro da Associação de Estudantes da FEP (AEFEP) e Vice-Presidente do Conselho Fiscal da JADE Portugal, foi, ainda em 2017, consultor na FEP Junior Consulting e estagiário do Banco de Portugal. Também participou na Spark Agency como embaixador, foi Influencer da Jerónimo Martins e vencedor do FFC Pitching Talent 2017.

O ano não terminou sem Filipe Sousa participar na fundação da associação Pão da Alegria. Inspirado pela sua passagem pela Missão País como voluntário, o projeto funciona em Contumil, no Porto, junto de população idosa e crianças. A equipa organizou um campo de férias em Vila do Conde e participa em atividades no Lar Nossa Senhora da Misericórdia. O estudante ainda desenvolveu a fundação do primeiro clube Rotaract sediado numa Universidade em Portugal. Os clubes são um movimento da Rotary International, organização que presta serviços humanitários em todo o mundo.

O “projeto da sua vida” foi também fundado em 2017. A UPrise Talent é uma associação juvenil que pretende complementar o sistema educativo e potenciar o talento dos alunos do ensino secundário, através de várias atividades. Filipe Sousa é o presidente da associação que conta ultrapassar a barreira dos 100 estudantes universitários ainda este ano.

Naturalidade? Barcelos

Idade? 20 anos

– De que mais gosta na Universidade do Porto?

Da quantidade, qualidade e diversidade de projetos idealizados, planeados e executados exclusivamente por estudantes universitários por sua livre iniciativa e proatividade.

– De que menos gosta na Universidade do Porto?

Em alguns cursos, o método de ensino e respetiva estruturação não está adaptado às necessidades reais do mercado de trabalho, gerando uma ineficiência económica e produtiva nos cargos de base das empresas e exigindo a estas um investimento em formação dos seus recursos humanos mais dispendioso a nível de tempo e dinheiro. Um problema que é transversal às diferentes instituições de ensino, regra geral.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

Realizar um estudo de mercado das principais competências e perfis procurados pelas entidades empregadoras para as diferentes áreas de ensino da Universidade e definir, tendo como ponto de partida essa análise, possíveis alterações ou complementos que poderão aproximar os recém-graduados na Universidade do Porto das exigências profissionais que enfrentarão na sua carreira. Tendo em conta a rede de projetos universitários e sua competência, juntando a possíveis problemas logísticos, este projeto poderia ser entregue a alguns deles, consoante a sua área de atuação, de forma a apresentarem os resultados do estudo e possíveis propostas a ser analisadas pela Universidade do Porto. Sendo a Universidade um veículo entre dois principais mercados – o estudantil e o empresarial – seria mais uma forma de dar voz a ambos nas tomadas de decisão a curto, médio e longo prazo.

– Como prefere passar os tempos livres?

Praticar alguma modalidade desportiva com amigos. De preferência algo que nunca pratiquei. E, se estiver a chover, melhor ainda.

– Um livro preferido?

Não tenho um livro preferido mas penso que o que diz mais sobre mim é “A bola não entra por acaso” do Ferran Soriano pela forma como usa o exemplo do mundo do futebol para aplicação em qualquer empresa de qualquer segmento do mercado. Como estive sempre ligado ao futebol, tanto como jogador como enquanto árbitro, e, neste momento, estudo Economia, a ligação que o autor faz entre os dois mundos acaba por fazer fit com o meu perfil.

– Um disco/músico preferido?
Novamente não tenho um nome claramente definido, mas aproveito a questão para dizer que penso que a nossa geração deveria ter uma maior tolerância, respeito e até admiração pelo estilo de música popular e pelo seu impacto social em milhares de pessoas incluídas em gerações de faixas etárias superiores, mesmo não se identificando com o estilo de música ou debilidades técnicas que possam existir.

– Um prato preferido?

Arroz de cabidela feito pela minha mãe.

– Um filme preferido?

Opto por destacar o “Dead Poets Society” de Peter Weir, pela mensagem e ligação que podemos fazer com os dias de hoje, mesmo sendo um filme antigo.

– Uma viagem de sonho (realizada ou por realizar)? 

Arraial d’Ajuda, Bahia, Brasil.

– Um objetivo de vida?

Criar uma mudança estrutural positiva em diferentes dimensões e regiões do planeta.

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

As pessoas que mais me influenciam são as que me rodeiam portanto destaco família, amigos e, como não poderia deixar de ser, UPrisers.

– O projeto da sua vida…

UPrise Talent.

– Uma ideia para ajudar a potenciar o talento jovem em Portugal…

Potenciar o talento é algo que deve ser feito de forma personalizada e há dois principais vértices de atuação nesta potencialização: o apoio de carreira e o desenvolvimento de competências, tanto técnicas como interpessoais. Na minha opinião, a idealização da solução já existe, o planeamento e a execução também e o seu nome é UPrise Talent.