Prestes a concluir o Mestrado em Gestão Comercial da FEP, Daniel Proença é um dos cinco finalistas do Primus Inter Pares 2019. (Foto: DR)

Licenciado em Economia pela Faculdade de Economia da Universidade do Porto (FEP) e prestes a concluir o Mestrado em Gestão Comercial na mesma instituição, Daniel Proença vive dias de grande expectativa. Afinal, é um dos cinco finalistas do Primus Inter Pares 2019, o maior prémio de gestão em Portugal, que se propõe a descobrir futuros líderes de empresas no meio universitário.

Mas a vida deste economista vai muito para além da busca do lucro. Sensível a causas sociais, esteve envolvido em vários organismos enquanto estudante da FEP. Foi ali, por exemplo, que ajudou a fundar a U.Dream, a primeira empresa júnior social do país, cujo principal objetivo é realizar sonhos de crianças com patologias graves. O foco da U.Dream, a que Daniel continua ligado, é transformar os estudantes em líderes sociais, combinando e expandindo dois mundos: o empresarial e social.

Também o percurso do estudante combina estes dois mundos. Aos 26 anos encontra-se trabalhar na NOS, em gestão comercial e marketing estratégico, depois de uma experiência profissional na KPMG, onde foi consultor.

Daniel com os restantes finalistas do Primus Inter Pares 2019. (Foto: Expresso)

A atividade profissional de Daniel começou, contudo, bem antes. Para financiar os estudos, trabalhou num call center e também como carteiro, experiências que não o impediram  de ter um percurso académico bem-sucedido e um excelente desempenho em iniciativas promovidas pela FEP, de que são exemplo a Pool de Talentos e FEP Master’s Challenge – ambas destinadas a detetar e reconhecer o talento dos estudantes – onde se posicionou no top 15 e top 10, respetivamente.

É, por tudo isto, com confiança que Daniel aguarda o anúncio dos vencedores do Primus Inter Pares 2019, agendado para o dia 2 de julho. Afinal, e independentemente do resultado, já ninguém lhe tira “uma grande experiência para recordar”, da qual destaca a “inesquecível entrevista final com o júri do prémio”, composto por Francisco Pinto Balsemão, António Vieira Monteiro, Estela Barbot, Raquel Seabra e Miguel Poiares Maduro. Isto para não falar do “reconhecimento e apoio fantástico” recebidos na faculdade e na empresa, motivos para “um grande orgulho, pessoal e de toda a família em casa”.

Fora da vida profissional, Daniel Proença jogou futsal federado e participou em provas de atletismo. Nos tempos livres gosta de jogar futebol com amigos e não dispensa uma boa francesinha, em boa companhia.

Naturalidade? Porto

Idade? 26 anos

– Do que mais gosta na Universidade do Porto?

O movimento associativo dirigido pelos estudantes da U.Porto foi, sem sombra de dúvida, o que mais me surpreendeu desde o primeiro dia. A sua dimensão, responsabilidade, dinamismo e impacto efetivo são uma referência para todas as universidades em Portugal e, pelo que vou conhecendo, é mesmo um ecossistema ímpar.

– Do que menos gosta na Universidade do Porto?

Reconheço que ainda há muito por fazer para atingir o enorme potencial de ligação, partilha e sinergias entre as várias faculdades da U.Porto.

– Uma ideia para melhorar a Universidade do Porto?

A Universidade tem, mais do que a responsabilidade, a grande oportunidade de aproximar os seus estudantes ao mercado de trabalho, orientando e auxiliando na sua transição e seleção de carreira, críticas para o sucesso de qualquer jovem, futuro profissional. Numa cidade com um tecido empresarial tão rico, em grande crescimento e a lutar pelo talento jovem, associado a uma rede alumni invejável e a uma vontade crescente dos jovens de fazer escolhas mais conscientes e ponderadas para o seu percurso de carreira, estão reunidas todas as condições para uma muito maior aproximação dos estudantes ao mercado de trabalho.

– Como prefere passar os tempos livres?

Com a intensidade dos desafios profissionais e académicos, os tempos livres surgem como a oportunidade ideal para “desligar”, seja em atividades mais intensas como o futebol, a corrida ou o ginásio ou em momentos mais calmos com a família, amigos ou a ler um bom livro.

– Um livro preferido?

Blink” de Malcom Gladwell

Um disco/músico preferido?

“Eye of The Tiger”, dos Survivor

– Um prato preferido?

Sem comparação à altura, uma boa francesinha com amigos

– Uma viagem de sonho?

Adorava fazer uma viagem de mochila às costas pela América do Sul, querendo concretizá-la antes dos 30.

– Um objetivo de vida?

Dar o melhor de mim, todos os dias, em todos os desafios e acima de tudo a todas as pessoas à minha volta

– Uma inspiração? (pessoa, livro, situação…)

O filme “The Pursuit of Happyness” com o Will Smith, que nos dá uma verdadeira lição de resiliência.

– O projeto da sua vida…

Até agora têm sido anos mesmo muito felizes e espero que os próximos consigam ser ainda melhores, com uma casa repleta de filhos, um casamento feliz e a carreira de sucesso com que sempre sonhei.

– Que balanço faz desta experiência no concurso Primus Interpares?

Tem sido  absolutamente fantástica, a todos os níveis mesmo, o que me surpreendeu verdadeiramente, pois nunca esperei que o concurso fosse tão completo, intenso e repleto de tão boas surpresas como tem sido. O processo dura cerca de 4 meses, entre a candidatura e a gala final de entrega de prémios, mas o que o distingue não é a quantidade de etapas de avaliação, que são apenas três (testes psicotécnicos, avaliação de competências e entrevista final), mas a elevada intensidade destes momentos.

Destaco o fim de semana no Vimeiro, em que durante dois dias somos avaliados, única e exclusivamente, em soft skills de uma forma bastante completa, com dinâmicas sucessivas em grupo e individuais, em contexto de sala e literalmente no terreno, bem como a inesquecível entrevista final com o júri do prémio, referências no mundo empresarial e político, onde debatemos tanto as nossas ambições profissionais como o futuro da União Europeia ou a posição da Irlanda do Norte face ao Brexit.

Estando a menos de um mês da gala final de 2 de Julho onde saberemos os vencedores, levo já uma grande experiência para recordar, pessoas incríveis com um enorme potencial, um reconhecimento e um apoio fantástico na faculdade e na minha empresa e um grande orgulho, pessoal e de toda a família em casa.