Hugo Carvalho, FMUP

Hugo Carvalho é o primeiro autor do trabalho publicado na revista "Aging Male".

O excesso de “gordurinhas” na zona abdominal pode estar na origem de problemas ao nível do desempenho sexual. O alerta é lançado no mais recente trabalho da equipa de investigação de Urologia da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) publicado na revista científica “Aging Male”, onde é demonstrado que o índice de obesidade central – gordura acumulada na zona abdominal – pode servir de indicador de disfunção erétil

Intitulado “The influence of different metabolic syndrome definitions in predicting vasculogenic erectile dysfunction: is there a role for the index of central obesity?”, este trabalho, realizado pelo investigador Hugo Carvalho e liderado pelo urologista Nuno Tomada, avaliou 485 pacientes com disfunção erétil, seguidos na consulta de Urologia de um hospital central, entre 2008 e 2012.

De acordo com os autores, o estudo permitiu “analisar a capacidade do índice de obesidade central, quociente da circunferência da cintura sobre a altura, em prever a deficiência hemodinâmica peniana em pacientes com disfunção erétil”. Os resultados revelaram que o Índice de Obesidade Central tem potencial para prognosticar alterações na circulação sanguínea no pénis, isolado ou incorporado nas mais comuns definições da Síndrome Metabólica. O estudo evidenciou também a necessidade de mais estudos antropométricos para encontrar valores de rastreio consensuais para este índice.”

Com uma prevalência global de cerca de 13% em Portugal, a disfunção eréctil é “a incapacidade constante ou recorrente (pelo menos três meses) de obter e/ou manter uma ereção que permita uma atividade sexual satisfatória ”. Este problema pode atingir os homens de qualquer idade, tornando-se mais frequente com o avançar da idade.

Para além de Hugo Carvalho e Nuno Tomada, colaboraram neste trabalho os investigadores Inês Campos Costa e Francisco Botelho.