Foto do observatório ALMA (Atacama Large Millimeter/submillimeter Array), do ESO, com a Via Láctea visível sobre os radiotelescópios. O IA é um Centro de Competências para o ALMA. Crédito: ESO/B. Tafreshi

Nova estrutura visa potenciar a participação de Portugal em alguns dos maiores projetos internacionais no campo da Astronomia e da Astrofísica (Foto: Observatório ALMA, do ESO, Crédito: ESO/B. Tafreshi)

As duas maiores instituições nacionais de investigação em Astrofísica, o Centro de Astrofísica da Universidade do Porto (CAUP) e o Centro de Astronomia e Astrofísica da Universidade de Lisboa (CAAUL), anunciaram a sua fusão, dando origem ao Instituto de Astrofísica e Ciências do Espaço (IA).

Este é um passo fundamental na consolidação da investigação científica, formação e divulgação de astronomia e astrofísica em Portugal, e no reforço da participação nacional nos grandes projetos internacionais na área das ciências do espaço.

Para José Afonso (IA e Universidade de Lisboa), coordenador do CAAUL e do recém-formado IA, “o novo instituto representa o culminar de uma colaboração de vários anos entre as duas instituições de referência na área em Portugal.” Já para o diretor do CAUP, Pedro Avelino (IA e Universidade do Porto), “este passo tornará ainda mais robusta a investigação nacional na área das ciências do espaço, a área de investigação em que Portugal tem maior impacto internacional.”

As atividades do IA estão estruturadas em torno de três grandes grupos de investigação – Origem e Evolução de Estrelas e Planetas ; Galáxias, Cosmologia, e a Evolução do Universo e ainda Instrumentação e Sistemas. A participação dos investigadores do IA em alguns dos maiores projetos internacionais nestas áreas de vanguarda, tornará ainda mais importante o papel de Portugal junto das grandes instituições europeias, como a Agência Espacial Europeia (ESA) e o Observatório Europeu do Sul (ESO).

Por sua vez, a participação no desenvolvimento de tecnologias de ponta para a observação astronómica, no contexto dessas instituições internacionais, reforçará a colaboração já existente entre o IA e a indústria nacional.

O novo instituto tem também uma forte componente de divulgação científica na área das ciências do espaço, com um vasto leque de atividades dirigidas tanto às escolas como ao público em geral, centradas essencialmente no Planetário do Porto – Centro Ciência Viva e no Observatório Astronómico de Lisboa. O IA integra ainda a rede de parceiros oficiais de divulgação do ESO, uma parceria exclusiva de instituições que colaboram regularmente com o ESO, em eventos e em projetos de divulgação ou educação informal.

Com o anúncio da criação do IA, é também lançada a iniciativa 30 dias IA. Ao longo do mês de novembro, será publicada nas suas redes sociais, informação diária sobre o novo instituto e o seu papel científico e tecnológico, tanto a nível nacional como internacional.