Analisar o conforto térmico de estruturas residenciais para idosos, localizadas em diferentes zonas climáticas de Portugal e Espanha, é o objetivo do ConTerMa.
Analisar o conforto térmico de estruturas residenciais para idosos, localizadas em diferentes zonas climáticas de Portugal e Espanha, e prever que condições térmicas são aceitáveis ou preferidas por este grupo de pessoas é o objetivo do programa ConTerMa, gerido pelo Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP).
Com data de arranque previsto para janeiro de 2019, o ConTerMa vai envolver, no mínimo, 5 lares de idosos da área Metropolitana do Porto, representativos da zona climática atlântica em Portugal, e 5 estruturas na área metropolitana de Barcelona, exemplificativas do clima mediterrânico.
O programa vai analisar o conforto térmico das estruturas para idosos durante o período de um ano e “vai também desenvolver modelos analíticos para determinar as características de conforto térmico ideal para os idosos dos lares estudados, dentro das diferentes zonas climáticas”, explica Ana Sofia Mendes, investigadora do ISPUP e responsável pela coordenação do programa em Portugal.
Segundo a investigadora, a aplicação de modelos adaptativos de conforto térmico para idosos “oferece a possibilidade de melhorar a qualidade de vida destas pessoas e, ao mesmo tempo, de obter poupanças a nível de energia”. Além do mais, “condições térmicas mais adaptadas a esta população podem potenciar ganhos em saúde, nomeadamente ao nível da mitigação das infeções respiratórias”, adianta.
Inserido no Programa de Investigação Multidisciplinar sobre o Envelhecimento, o ConTerMa surge como consequência do estudo GERIA (Estudo Geriátrico dos Efeitos na Saúde da Qualidade do Ar Interior em Lares da 3ª Idade de Portugal), que analisou o papel desempenhado pela qualidade do ar interior e pela ventilação no bem-estar e qualidade de vida dos idosos residentes em lares da terceira idade.
O projeto conta com a cooperação da Universitat Politecnica de Catalunya e da Fundacíon General de la Universidad de Salamanca e é financiado pelo POCTEP — Programa Operativo de Cooperação Transfronteiriça Espanha Portugal. Espera-se que o programa venha a ter reflexos na qualidade do ar interior, no conforto térmico dos idosos e no seu bem-estar.
