Romeu Mendes lidera uma equipa de investigadores que vai testar se o “walking football” , pode ser usado como ferramenta de promoção da saúde e de controlo de doenças crónicas não transmissíveis, como a diabetes tipo 2.

Uma equipa de investigadores da Unidade de Investigação em Epidemiologia (EPIUnit) do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) e da Federação Portuguesa de Futebol (FPF) ganhou uma bolsa de investigação da FIFA para avaliar a aplicabilidade e a segurança de uma variante do futebol recreativo – o “walking football” – em pessoas com diabetes tipo 2.

A bolsa “João Havelange Research Scholarship 2018” atribuída a este projeto vai permitir à equipa liderada pelo investigador Romeu Mendes testar se esta modalidade onde se joga futebol apenas a caminhar e com redução do contacto físico, pode ser usada com segurança como ferramenta de promoção da saúde e de controlo de doenças crónicas não transmissíveis, como a diabetes tipo 2.

“A FIFA, organismo que tutela o futebol mundial, tem investido muito na promoção do futebol como veículo de promoção da saúde. As candidaturas a este tipo de bolsas de investigação são muito competitivas, dado o impacto mediático que têm, e só os projetos que realmente representam um avanço científico na área são financiados. Estamos muitos orgulhosos com este reconhecimento e com a parceria com a FPF, que certamente se vai estender a outros projetos”, refere Romeu Mendes.

O “walking football” vai ser um dos temas discutidos no Congresso Internacional “Football is Medicine”, que decorrerá em Lisboa, nos próximos dias 25 e 26 de Janeiro, na Cidade do Futebol, e que contará com a participação de Romeu Mendes na Comissão Científica e na moderação dos trabalhos.

Alguns dos maiores peritos internacionais da área vão apresentar e discutir a crescente evidência do potencial da prática do futebol recreativo na prevenção e tratamento de diversas doenças não transmissíveis, como a obesidade, as doenças cardiovasculares, alguns tipos de cancro, e a diabetes tipo 2.