O Knowlogis vai ser o “monitor de sinais vitais” da logística hospitalar.

Com os pacientes em constante acompanhamento pelos profissionais de saúde, resta assegurar que a gestão hospitalar está de boa saúde. Esta é uma atividade complexa, sendo que entre previsão de necessidades, gestão de stocks e de recursos humanos, alocação de salas e meios complementares de diagnóstico, entre muitas outras tarefas, estão potenciais melhorias que libertariam recursos para cuidar de quem importa — o paciente.

Consciente deste enorme potencial, a Glintt, empresa portuguesa de tecnologia de informação para a saúde, numa parceria com o INESC TEC, promoveu o desenvolvimento do Knowlogis, uma solução que monitoriza e acompanha a gestão hospitalar, com foco na vertente logística, explorando oportunidades de melhoria e ajudando na tomada de decisão do gestor hospitalar.

O INESC TEC, através do Centro de Engenharia e Gestão Industrial apresenta o seu contributo tecnológico ao integrar as melhores práticas de investigação operacional e gestão de operações em logística hospitalar, cruzando assim os dados provenientes dos sistemas de informação com sistemas de simulação e otimização.

O resultado é um dashboard inteligente, o Knowlogis, que sincroniza a atividade logística com a atividade clínica, analisa automaticamente indicadores de desempenho do hospital e da execução orçamental, acompanha a evolução dos stocks e dos medicamentos, analisa a evolução de dados históricos e agendamento de intervenções. Com base nos mais avançados modelos de simulação e otimização propõe, aind, e de uma forma ativa, diversas melhorias, como políticas de gestão de stocks, gestão de capacidade, entre outros, que o gestor hospitalar poderá usar para o auxiliar na gestão corrente do hospital. O Knowlogis é, no fundo, o monitor de sinais vitais da logística hospitalar.

De acordo com o investigador Mário Amorim Lopes, que assumirá a responsabilidade técnica do projeto, “esta é uma oportunidade única para o setor da saúde incorporar algumas das melhores práticas de outras indústrias, práticas estas que têm permitido alcançar grandes ganhos de eficiência”. Por ganhos de eficiência, reforça o investigador, “entenda-se todos os recursos que poderão ser melhor usados no contexto hospitalar, sendo desta forma possível tratar ainda mais pacientes”.

O arranque do projeto-piloto está previsto para abril de 2017 e deverá decorrer até finais de 2019.