O ICBAS foi criado em 1975, por iniciativa de um grupo de professores da U.Porto entre os quais se destacava o próprio Corino de Andrade. (Foto: Egidio Santos/U.Porto)

A Secção Regional do Norte da Ordem dos Médicos (SRNOM) distinguiu o Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS) da Universidade do Porto com o Prémio Corino de Andrade 2016, galardão que se destina a instituições ou personalidades que se tenham “notabilizado pela prestação de serviços relevantes à Medicina e aos médicos portugueses”.

Atribuído anualmente, a nível nacional, o Prémio Corino de Andrade foi instituído em homenagem ao médico e cientista Mário Corino de Andrade, antigo professor e fundador do ICBAS. Em edições anteriores, o prémio, não monetário, foi entregue a outras instituições de reconhecido mérito, tais como o consórcio i3S, a Fundação Calouste Gulbenkian, a Cruz Vermelha, ou a Faculdade de Medicina da U.Porto (FMUP).

O galardão foi entregue no passado dia 18 de junho, durante as comemorações do Dia do Médico, que decorreram nas instalações da SRNOM. Na mesma cerimónia foi ainda entregue o Prémio Daniel Serrão ao médico Bernardo Sousa Pinto, estudante de doutoramento e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), na qualidade de aluno que terminou o Mestrado Integrado de Medicina no ano letivo de 2015/2016 com a melhor média final de curso nas três escolas médicas do Norte do País (FMUP, ICBAS e Universidade do Minho).

Sobre o ICBAS

Criado em 1975, por iniciativa de um grupo de professores da U.Porto inspirados no pensamento e obra de Abel Salazar, entre os quais se destacavam Corino de Andrade, Nuno Grande e Ruy Luís Gomes, o ICBAS assumiu-se, desde as origens, como uma escola multidisciplinar e multiprofissional na área das Ciências da Vida. Ao apostar numa formação abrangente em áreas como a Medicina, a Veterinária, a Agronomia e a Biologia, mas também na cooperação com diferentes instituições da cidade – designadamente o Hospital Geral de Santo António -, o instituto introduziu uma série de princípios inovadores que acompanhariam a vida da escola até hoje, fazendo jus à máxima que constitui o lema da escola: “um médico que só sabe Medicina nem Medicina sabe”.

O ICBAS entrou em funcionamento a partir de 1976/77, com as licenciaturas em Medicina e Ciências do Meio Aquático. De então para cá, a escola foi alargando o seu leque de formações (Medicina Veterinária, Bioquímica e Bioengenharia) e de serviços abertos à comunidade, sendo hoje frequentada por uma comunidade de cerca de 3000 estudantes e mais de 250 docentes.

Durante mais de 30 anos, o ICBAS funcionou no edifício que pertencera à Faculdade de Medicina, no Largo da Escola Médica (atual Largo Abel Salazar). Em 2012, o instituto mudou-se para o complexo construído nas traseiras do antigo quartel CICAP da rua D. Manuel II, o qual partilha com a Faculdade de Farmácia da U.Porto (FFUP).