Novo sistema de microscopia vai “acelerar” o estudo de amostras em escalas tão distintas como organelos, células e tecidos, e até organismos completos.

O Instituto de Biologia Molecular e Celular (IBMC) da Universidade do Porto adquiriu recentemente um Sistema Automatizado de Microscopia de Alto Rendimento e disponibiliza-o, a partir desta segunda feira, a toda a comunidade científica nacional. Trata-se do primeiro equipamento do género a ser colocado em funcionamento em Portugal, esperando-se que venha a potenciar áreas de ciência básica e aplicada, como o estudo do cancro, a neurologia, a imunologia, as doenças infecciosas e muitas outras doenças.

Combinando um microscópio de alta resolução de funcionamento automatizado com um poderoso software de análise, este equipamento destaca-se pela capacidade de aquisição automatizada de imagens a um ritmo único, acoplada a um sistema que permite análise quantitativa quase em simultâneo com o tempo de aquisição das próprias imagens. De forma rápida e em contexto biológico real, torna-se assim possível o estudo de amostras em escalas tão distintas como organelos, células e tecidos, e até organismos completos.

Segundo André Maia, investigador do IBMC, “a enorme vantagem que este equipamento trará à comunidade científica nacional é a capacidade de rastrear em grande escala bibliotecas de reagentes moleculares, num reduzido espaço de tempo e num único equipamento”. Sobre as áreas de estudo que sofrerão um radical avanço técnico, o investigador refere “a genómica humana e de organismos modelo, bem como a identificação de novas drogas com relevância clínica”, entre outros.

Num momento em que as prioridades internacionais para a investigação se centram na saúde humana, a integração deste novo sistema de microscopia permitirá potenciar áreas de ciência básica e aplicada, como o estudo do cancro, a neurologia, a imunologia, as doenças infecciosas e muitas outras doenças complexas e multifactoriais.

A apresentação do equipamento, bem como a integração nas potencialidades preexistentes no IBMC, decorrerá esta segunda-feira, dia 13 de janeiro, a partir das 14h00, no Campo Alegre. Toda a comunidade científica, em particular da Universidade do Porto, está convidade, até porque, como aponta André Maia, “todos poderão beneficiar desta disponibilidade técnica, não só nas áreas de investigação nucleares do futuro I3S,  mas em muitas outras áreas que necessitem de aquisição e análise em grande escala de imagem microscópica”.