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Os jovens investigadores da FMUP vão mostrar o seu trabalho no 4.º Encontro de Doutorandos da faculdade.

Estudaram formas de controlar a bexiga hiperativa usando botox, avaliaram a qualidade de vida das crianças com implantes auditivos, explicaram o aumento do número de cesarianas em Portugal e perceberam o impacto clínico e económico da diálise, entre muitas outras coisas.

São estas as linhas gerais de alguns dos mais recentes resultados de investigação, incluídos em teses de doutoramento da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP), que vão ser apresentados hoje, dia 9 de dezembro, no Auditório do Centro de Investigação Médica (novas instalações – entrada pela Rua Dr. Plácido Costa) da FMUP, no âmbito do 4.º Encontro de Doutorandos.

O encontro tem “o objetivo de fomentar a troca de experiências e conhecimentos, o estabelecimento de colaborações e a criação de uma comunidade de jovens capazes de pensar a ciência de forma perspetivada e abrangente”, realça Deolinda Lima, diretora do Programa Internacional de Doutoramento em Neurociências e organizadora do evento.

A iniciativa arranca às 9h, com as boas-vindas da diretora da FMUP, Maria Amélia Ferreira. A partir das 9h15 começam os trabalhos com as apresentações orais de trabalhos que vão desde as Ciências Básicas até à Saúde Pública, passando pela Investigação em Serviços de Saúde e pela Bioética.

Durante o encontro serão expostos pósteres com resultados de trabalhos de doutoramento em curso. Os dois melhores trabalhos serão premiados com uma viagem à República Checa, em representação da FMUP, num encontro europeu de alunos de doutoramento (11th International Medical Postgraduate Conference).

O evento encerra após a intervenção de Alexandre Quintanilha (professor do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar e ex-diretor do Instituto de Biologia Molecular e Celular), marcada para as 17h. Tendo como tema “Neuroenhancement: past, presente and future”, a palestra promete abordar o desenvolvimento e aperfeiçoamento das capacidades cognitivas humanas. “Todas as áreas do conhecimento têm participado nesta tarefa. Não só a Ciência e a Engenharia, mas também as Ciências Sociais e Humanas forneceram muitos caminhos na busca deste tipo de capacitação”, refere o cientista da U.Porto, adiantando que “serão apresentados vários exemplos para ilustrar como evoluímos, onde estamos hoje e o que pode estar para vir”.

A FMUP oferece cerca de 50 cursos de pós-graduação (entre programas doutorais, mestrados e especializações), que recebem mais de meio milhar de estudantes todos os anos. De acordo com Deolinda Lima, a contribuição destes investigadores para os resultados científicos da Faculdade é considerável, com 35% dos estudantes de doutoramento a assinar pelo menos um artigo científico a integrar os melhores estudos da sua área científica.