A prática de futebol pode ajudar a desenvolver a agilidade nos movimentos e a ativação mais rápida dos músculos das indivíduos com paralisia cerebral. A conclusão resulta de um estudo liderado por Cláudia Cardoso, investigadora da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto (FADEUP).

Segundo a investigadora, cujo trabalho comparou indivíduos com paralisia cerebral sedentários com praticantes de futebol, é possível notar diferenças nos quadríceps (músculos na parte da frente das coxas) e nos músculos distais (rácio tibial anterior – músculo da perna que se estende na parte lateral da tíbia).

Foi no Laboratório de Biomecânica da Universidade do Porto (LABIOMEP) localizado na FADEUP, que os dados para avaliação da atividade muscular dos participantes foram recolhidos e comparados. Para o estudo foram utilizados dois grupos de indivíduos com paralisia cerebral com idades entre os 18 e os 40 anos, o primeiro constituído por praticantes de futebol da equipa do Futebol Clube do Porto (FCP), e o segundo por pessoas sedentárias, utentes da Associação Portuguesa de Paralisia Cerebral (APPC).

Orientado pelo professor da FADEUP Leandro José Rodrigues Machado, este trabalho de investigação nasceu do gosto pessoal Cláudia Cardoso pelo futebol, que procurou desta forma alertar para os benefícios que a prática do “desporto rei” tem nas pessoas portadoras da deficiência.