Alexandra Gonçalves, médica cardiologista e investigadora da Unidade de Investigação e Desenvolvimento Cardiovascular da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) acaba de ver aprovado pelo programa Harvard Medical School Portugal um projeto de investigação Sénior na área cardiovascular, que receberá um financiamento de 400 mil euros.

Os dois anos do projeto serão dedicados ao desenvolvimento de conhecimentos em investigação clínica e imagem cardiovascular.

Intitulado “Regurgitação paravalvular aórtica após implantação de válvula aórtica transcateter, como melhorar os resultados?”, o projeto obteve a nota “excelente” em todos os critérios avaliados, sendo selecionado para atribuição da verba máxima por parte do painel de avaliação da Fundação da Ciência e Tecnologia (FCT).

A jovem investigadora da FMUP deverá representar Portugal e a sua instituição de origem em Harvard, durante dois anos, “de forma a prestar o contributo para a estreitar relações com um centro da mais elevada referência internacional e contribuir para a modernização e melhoria da qualidade da medicina em Portugal”, explica. “Neste projeto em concreto, os dois anos na Harvard Medical School serão dedicados ao desenvolvimento de conhecimentos em investigação clínica e imagem cardiovascular na Unidade de Imagem do Brigham and Women’s Hospital e implementação pioneira do projeto de investigação conjunto entre a FMUP e a Harvard Medical School”, acrescenta a médica do Centro Hospitalar São João.

O acordo de cooperação entre Portugal e a Harvard Medical School, assinado pelo Governo de Portugal, tem como objetivo a modernização e a melhoria da qualidade da medicina em Portugal. Pretende desenvolver, dinamizar e estimular a internacionalização e a cooperação entre as Faculdades de Medicina e de ciências médicas e os principais laboratórios e centros de investigação na área das ciências da saúde, procurando em particular uma ligação efetiva entre os projetos a desenvolver e as equipas e estrutura da Harvard Medical School.

O objetivo específico dos projetos de investigação clínica de tipologia Sénior consiste em reforçar a capacidade nacional de produzir novos conhecimentos relevantes para a saúde, através de um estímulo ao desenvolvimento de projetos de investigação clínica.