Instituições parceiras vão desenvolver tecnologia subaquática, capaz de captar dados do oceano, em formato multimédia e em tempo real.

Chama-se Digital Ocean e é um projecto que tem como objetivo desenvolver tecnologia subaquática, capaz de captar dados do oceano, em formato multimédia e em tempo real. Financiado pela FP7, este projeto resulta de uma parceria entre a Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a OceanScan-MST Lda (Portugal), Virtual Dive (França), LudoCraft Ltd (Finlândia), MediaTouch, (Itália), Antinea Foundation, Université Evry (França), EPITA (França), University of Jyväskylä (Finlândia).

O largo de Sesimbra foi o local escolhido para uma reunião entre os parceiros do projeto, que nos passados dias 11 e 12 de setembro, a bordo do navio “Fleur de Passion”, tiveram a oportunidade de demonstrar os resultados do Digital Ocean alcançados até ao momento. O encontro permitiu testar os protótipos do projeto, nomeadamente o módulo de aquisição de imagens subaquáticas para um veículo submarino autónomo (DOAM) e o módulo submersível com capacidade de mostrar informação e simular o mundo subaquático (Dolphin).

Através desta demonstração foi possível recolher dados de batimetria (medição da profundidade dos oceanos), que serão alvo de futuras análises, bem como de imagens subaquáticas georreferenciadas do fundo do mar.

Entre as ações futuras previstas para o projeto está o desenvolvimento de uma plataforma web que permitirá mostrar informação sobre o sistema e operação via web. De acordo com a equipa de investigação do Digital Ocean, o encontro realizado em setembro ao largo da costa de Sesimbra “serviu também para discutir e tentar perceber de que forma estes protótipos poderão contribuir para a evolução da tecnologia subaquática e fomentar o conhecimento e interesse da comunidade em geral para a questão dos oceanos”.