A Douro Skin Care recebeu o selo “Spin-off U.Porto” no início deste ano. (Foto. DVINE)

Entre o final de 2016 e o início de 2017 foram oito as empresas a juntar-se à família Spin-off U.Porto, passando a usufruir agora de todas as vantagens associadas à chancela. As jovens empresas atuam nas mais diversas áreas, mas têm um objetivo comum: continuar a crescer com a marca U.Porto.

VirtualCare e FASTinov: dois nomes que, à primeira vista, nada têm a ver um com o outro, não fosse o facto de serem ambas recém formadas spin-offs U.Porto e a viver lado a lado no Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde da U.Porto (CINTESIS). A VirtualCare aposta na criação de soluções inovadoras para prestação de cuidados de saúde, como por exemplo o VC AnesthCare, pare registo clínico de anestesia, ou o VC BreastCare, para a patologia mamária. Já a FASTinov (na fotografia, à esquerda) está a desenvolver uma tecnologia, já patenteada, que permite realizar testes antimicrobianos muito mais rapidamente do que os métodos atuais e, mesmo assim, de forma segura. Ambas as empresas receberam a chancela no início deste ano.

Ainda na área da saúde, a Immunethep, empresa de base biotecnológica que nasceu o ICBAS, também já é spin-off U.Porto.A Immunethep está neste momento a desenvolver a única vacina anti-bacteriana que endereça multiplas bactérias, incluindo bactérias conhecidas pela sua resistência a antibióticos quer gram negativas (E. coli e K. pneumoniae) quer gram positivas (S. aureus, S. pneumoniae, GBS). A vacina destina-se a prevenir infeções por estas bactérias sobretudo em grupos de risco que vão realizar grandes cirugias, idosos, diabéticos ou mesmo recém-nascidos. Quanto à Douro Skin Care, que também recebeu o selo no início deste ano, dedica-se à comercialização e fabricação de perfumes, cosméticos e produtos de higiene, mas também de produtos farmacêuticos.

Passando para duas áreas completamente diferentes, encontramos a Fibersail, cujo objetivo é facilitar e otimizar a criação de pás eólicas mais eficientes junto de desenhadores e construtores, ajudando a reduzir o custo das energias renováveis. A empresa pretende dedicar-se à produção e comercialização de um sistema disruptor de SGM (Structural Health Monitoring). E também a Venture Catalysts (na fotografia, à direita), empresa que se especializou na criação de startups de base tecnológica e científica, dedicando-se a à angariação de financiamento para suportar projetos. A Venture Catalysts vê a U.Porto como “um dos principais ecossistemas providenciadores de recursos humanos”.

Por fim, e ainda em 2016, juntaram-se ao grupo duas empresas: a Digital Flow e a EACT ERGO+ACTIVA. Esta última dedica-se à formação e serviços com base no ErgoCoaching (ergonomia do local de trabalho através do exercício físico de compensação e/ou da fisioterapia preventiva) e a sua metodologia é pioneira na transformação e consolidação de hábitos, posturas e gestos mais saudáveis e ergonómicos. Já a Digital Flow está, neste momento, especializada em criar ferramentas baseadas na gamificação, que permitem desenvolver abordagens de maior valor acrescentado aos processos de inovação e empreendedorismo. Um exemplo dessas ferramentas é o ideaChef®. Rui Patrício, CEO da empresa, espera que “a relação próxima com a U.Porto permita trazer conhecimento e credibilidade às abordagens inovadoras da Digital Flow a lançar no mercado nos próximos anos”.

São agora 17 as empresas chanceladas com a marca spin-off U.Porto. Este “selo” dá também às empresas a possibilidade de alcançar maior visibilidade internacional e vantagem competitiva, atraindo novos recursos, nomeadamente talento, capital e investidores. Toda a informação relativa às spin-offs da Universidade do Porto pode ser encontrada aqui.