Estudantes dos Mestrados de Ciências do Consumo e Nutrição e Tecnologia e Ciência Alimentar da FCUP estão na maioria das equipas finalistas do Ecotrophelia 2019.

O que têm em comum húmus com sabor a fumeiro, palitos de feijão, hambúrguer 100% vegetal, bolacha com farinha de tempeh de chícharo, granola com dreche, panquecas saudáveis e um preparado em pó à base de frutos secos, com alto teor em proteína e fibra? São produtos desenvolvidos por estudantes da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) e estão entre os dez finalistas do Prémio Ecotrophelia, um galardão que distingue as melhores propostas de produtos alimentares eco-inovadores apresentadas por estudantes do Ensino Superior.

Este ano, a iniciativa promovida pela Portugal Foods e pela FIPA – Federação das Indústrias Portuguesas Agro-Alimentares recebeu candidaturas de 20 produtos, de 10 diferentes categorias, envolvendo 11 instituições do ensino superior.

Das dez propostas finalistas à edição do Ecotrophelia 2019, sete têm então o “cunho” da FCUP. A começar pela equipa Create Life, de Filipa Barros, Liliana Rosa, Patrícia Silva e Raquel Anjos, do Mestrado em Ciências do Consumo e Nutrição (MCCN), que criou o TOLIVE, um snack de palitos de feijão vermelho e patês de azeitona (preta e verde).

Já a Delichí desenvolveu uma receita para uma bolacha salgada que conta com um ingrediente fora do comum – a farinha de tempeh de chícharo – acompanhada por cebola e ervas. Desta equipa fazem parte Ana Rebelo, António Lage, Beatriz Silva e Camila Carvalho, do Mestrado em Tecnologia e Ciência Alimentar (MTCA) e estudantes do Instituto Superior de Agronomia (Universidade de Lisboa).

Como snack ou até como refeição, os estudantes da Ecoequipa, Ana Ferreira, Izabel Souza, Mizaelly Henrique, Liliana Espírito Santo, Raquel Andrade, Carla Santos, Cláudia Peixoto (MCCN), apresentaram a concurso o Ecoburguer, um hambúrguer de “sabor mediterrâneo, saudável, sustentável e com fibras”.

A pensar no verão, os Dranosiris criaram a Dranola, a primeira granola a incorporar um subproduto da cerveja, o dreche, “com referências organolépticas tropicais”. Este produto, da autoria de Alexandra Borges, Carla Teixeira, Diogo Gonçalves, Gabriela Gonçalves e João Félix Silva (MTCA), não tem adição de açúcar, é de baixo teor em sal e é rico em fibra.

Para o pequeno-almoço ou para o lanche, Beatriz Silva (MTCA) e a restante equipa da Plant Cakes , compsota juntamente com estudantes da Escola Superior de Biotecnologia (Universidade Católica Portuguesa), propõe um preparado para panquecas saudáveis” fonte de fibra, sem glúten e com baixo teor de açúcares”.

Já Ana Rafaela Lopes, Márcia Gonçalves, Marlene Machado, Sara Dias, Sofia Silva (MTCA) idealizaram o Snackisy um preparado em pó à base de frutos secos, com alto teor em proteína e em fibra.

A terminar este variado menu da FCUP, está o Whummey, um produto à base de grão de bico enriquecido com soro de leite e com toques de pimento, malagueta e ervas aromáticas. A ideia partiu de Francisco Cardeal, Rocio Gil, Mariana Patoilo, Francisca Côrte-Real e Pedro Manuel Sousa (MTCA) que lhe juntar um sabor que faz lembrar o fumeiro, ainda que não tenha carne.

Com exceção da Plant Cakes, todas as equipas foram dinamizadas pelos docentes da FCUP Luís Miguel Cunha, Susana Fonseca e Célia Rocha, do Departamento de Geociências, Ambiente e Ordenamento do Território/Green UPorto, no âmbito da Unidade Curricular Análise Sensorial e Desenvolvimento de Novos Produtos, dos Mestrados em Ciências do Consumo e Nutrição e em Tecnologia e Ciência Alimentar.

A grande final do prémio Ecotrophelia 2019 realiza-se no próximo dia 21 de maio no Centro de Congressos da Alfândega do Porto. Para além da atribuição de um prémio monetário aos três melhores produtos em competição, a equipa vencedora irá representar Portugal na final europeia, a decorrer em outubro, na feira internacional ANUGA (Alemanha).