“As Novas Viagens Philosophicas” | CIBIO - RTP

Série estreou a 3 de julho e será exibida, ao longo de 13 episódios, ao domingo, na RTP1. (Fotos: DR)

São treze episódios, cada um dos quais dedicado a alguns dos mais marcantes projetos de investigação sobre biodiversidade e vida selvagem desenvolvidos por investigadores do Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto (CIBIO-InBIO). Entre os crocodilos da Mauritânia, é assim que se revelam As Novas viagens philosophicas”, uma série de documentários científicos em exibição desde o passado dia 3 de julho, na RTP1.

Esta série é o culminar de cinco anos de viagens por 12 países em quatro continentes, desde a Mauritânia até à Amazónia, e que deram origem a centenas de horas de gravação (ver Making Of). Dois operadores de câmara, um sonoplasta e uma jornalista correram o mundo guiados por biólogos que trabalham no CIBIO-InBIO, documentando inesperados e cativantes aspetos da biodiversidade e vida selvagem, dando simultaneamente a conhecer o trabalho e projetos de investigação destes cientistas portugueses.

“As Novas Viagens Philosophicas” | CIBIO - RTP

O primeiro episódio levou os cientista do CIBIO à Mauritânia, ao encontro dos crocodilos que habitam os oásis de montanha no Saara.

No primeiro episódio, a equipa do CIBIO viajou até à Mauritânia para conhecer os crocodilos do deserto que habitam os oásis de montanha no Saara. Seguem-se 12 episódios, a exibir sempre ao domingo, entre as 11h00 e as 13h00, onde será possível “viajar” ao encontro dos tecelões sociais que vivem em comunidades da África do Sul, refazer os percursos do sapo ao longo de milhões de anos entre o Brasil e a Austrália, e conhecer os morcegos que habitam em Portugal, as preguiças do Brasil e do Panamá ou os coelhos que povoam a Península Ibérica e a França, entre outras viagens que atravessam os quatro cantos do globo (ver trailer abaixo).

Este projeto único, o primeiro do género em Portugal, resulta da parceria entre a RTP, o CIBIO-InBIO e a Universidade do Porto, contando com o apoio concedido pela Agência Nacional para a Cultura Científica e Tecnológica – Ciência Viva no âmbito da iniciativa Media Ciência, financiada pelo Programa COMPETE.

O protocolo celebrado por estas três entidades foi oficializado no dia 27 de junho, no Pavilhão do Conhecimento – Ciência Viva, numa cerimónia que contou com a presença de Nuno Ferrand de Almeida, Diretor do CIBIO-InBIO, Coordenador Cientifico e mentor deste projeto, Gonçalo Reis, Presidente da RTP, Fátima Marinho, Vice-Reitora da Universidade do Porto com o pelouro da Cultura, e da Secretária de Estado do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Fernanda Rollo.

Porquê “As Novas viagens philosophicas”?

A curiosidade do espetador é imediatamente despertada pelo título dos documentários “As Novas viagens philosophicas”. Para compreender totalmente a mensagem subjacente a este título, somos convidados a viajar até ao século VIII e a testemunhar o incomparável investimento científico promovido pela Coroa Portuguesa. Inspirada pelo Movimento Iluminista, a Coroa financiou uma série de expedições lideradas por naturalistas às diferentes colónias, com o intuito de estudar e catalogar exaustivamente todos os recursos naturais aí existentes Seguindo o exemplo destas inovadoras mentes curiosas, e tirando partido das mais sofisticadas ferramentas audiovisuais, o conhecimento que detemos acerca de biodiversidade e conservação é agora, em pleno século XXI, não só ampliado, mas também descodificado e disponibilizado ao grande público, graças ao esforço da equipa incrível envolvida neste projecto.