“Construir um paraíso perdido” é o título da exposição-instalação que a Fundação Marques da Silva vai inaugurar no dia 13 de outubro, às 18 horas, na Casa-Atelier José Marques da Silva.

A exposição resulta do trabalho de investigação, conceção e coordenação de Manuel Mendes e vem dar a conhecer o projeto para o Dr. Américo Durão, o tio mecenas de Alfredo Matos Ferreira, mostrando os diferentes momentos de uma experiência de projetação partilhada da habitação – que não chegará a ser construída – “a edificar numa área nobre na Parede, numa parcela de grandes dimensões, exposta ao estuário do Tejo, à baía de Cascais.”

De acordo com as notas de apresentação da exposição, da autoria de Manuel Mendes, «A “Habitação Dr. Américo Durão” é um projeto não construído da autoria de Alfredo Matos Ferreira e Álvaro Siza Vieira, à data profissionais tirocinantes, e que há época partilhavam escritório, nas redondezas da Escola de Belas Artes, com António Menéres, Joaquim Sampaio, Luís Botelho Dias, Alberto Neves. (…) Uma ação que revela informação original e pertinente para a compreensão do percurso de cada um dos seus autores, mas, sobretudo, sinaliza um momento operativo na crítica à abstração da Arquitetura Moderna e, simultaneamente, um ensaio a questionar e a ultrapassar as ressonâncias do “Inquérito à Arquitectura Popular Portuguesa” – à época ainda muito cultivadas no contexto da arquitetura portuguesa da década de sessenta –, ao encontro de uma Arquitetura clara, por uma ‘casa’ livre».

A exposição estará patente ao público até 18 de janeiro de 2018, com entrada livre de terça a quinta-feira, das 14h30 às 17h30, e possibilidade de agendamento prévio (individual e para grupo) também noutros horários. O encerramento da exposição será assinalado com o lançamento de uma publicação sobre o projeto “Habitação Dr. Américo Durão”.

Esta iniciativa da Fundação Marques da Silva, que desafia o próprio espaço da Casa-Atelier, está inserida na programação do Mês da Arquitetura e conta com o apoio da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto, da Ordem dos Arquitetos – Secção Regional do Norte, da Criaplac e da Amorim Isolamentos.