Exposição inédita junta mais de 100 exemplares taxidermizados vindos de todos os continentes.

Desde o passado sábado, dia 18 de maio, que perigosos predadores andam à solta na Casa Andresen (no Jardim Botânico do Porto), em mais uma original exposição organizada pela Universidade do Porto. Desde leopardos que caçam impalas a rinocerontes, a exposição “Animais de Museu” junta mais de 100 exemplares taxidermizados vindos de todos os continentes, colocados em poses naturais e equilíbrios impossíveis.

Numa Casa Andresen completamente às escuras, os visitantes são convidados a fazer parte da performance, usando lanternas de cabeça para explorar o espaço e descobrir os animais que se escondem no seu interior, deliciando-se com os pormenores realistas que esta técnica de preservação permite conservar. Com os animais parados no tempo e no espaço, os visitantes embrenham-se nesta experiência, sendo acompanhados pelos sons produzidos por Manuel Cruz, músico portuense conhecido pela sua ligação a bandas como Ornatos Violeta, Pluto ou Supernada.

Ao chegarem ao piso superior da Casa, os visitantes ficam a “salvo”, numa espécie de “sala de gestão de crise”, onde são disponibilizados mapas e todo material necessário para que os visitantes aprofundem os seus conhecimentos sobre os animais em exposição. A taxidermia, arte de montar ou reproduzir animais para exibição ou estudo, é também explicada nesta sala.

Esta “invasão” vai durar cerca de seis meses e será acompanhada por um programa que prevê várias intervenções culturais de cantores, bailarinos, atores ou ilustradores. A exposição estará patente todos os dias, das 10 às 22 horas (a partir de 23 de agosto, estará aberta de terça a sexta-feira, das 11hh às 19h00, e ao fim de semana, entre as 10h00 e as 19h00). O preço dos bilhetes varia entre os 1.50€ (para crianças e idosos) e 2.50€ (bilhete normal).

A Casa Andresen é antiga casa de família de Sophia de Mello Breyner e Ruben A. Para sempre imortalizada na obra literária de ambos, a Casa foi renovada em 2011 e já recebeu exposições como a “Evolução de Darwin” ou “Reservas” de Armanda Passos.