Pavilhão do Lado, depA. Foto:DR

A depA, o diogo aguiar studio e a FAHR 021.3, todos eles ateliers de arquitetura instalados no UPTEC – Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto, foram selecionados para apresentar trabalhos no Pavilhão de Portugal da 16.ª Bienal de Veneza. A representação portuguesa na maior exposição mundial de arquitetura conta ainda com a presença de nomes como Souto Moura e Álvaro Siza Vieira, antigos professores da FAUPFaculdade de Arquitetura da U.Porto.

Comissariada por Nuno Brandão Costa (docente da FAUP), e Sérgio Mah , a representação oficial portuguesa apresenta doze edifícios públicos criados, nos últimos dez anos, por arquitetos portugueses de várias gerações.  “As obras escolhidas pretendem demonstrar a diversidade de programas e escalas que os arquitetos portugueses trabalham, enfatizando a sua cultura generalista e a sua excelência transgeracional, representada por todas as gerações no ativo.”, afirmam os curadores da exposição portuguesa “Public WIthout Rhetoric”.

Serralves Pavilion, Diogo Aguiar Studio. Foto:DR

Ao lado de projetos de Aires Mateus e Associados, Álvaro Siza, Carlos Prata e Eduardo Souto de Moura, encontram-se também os projetos dos pavilhões expositivos temporários do Jardim de Serralves criados pela depA, diogoaguiarstudio e FAHR 021.3.

Com um sistema construtivo simples e pouco intrusivo, o pavilhão do lago, criado por Carlos Azevedo, João Crisóstomo e Luís Sobral da depA, camufla-se no ambiente onde foi inserido. Para este projeto, a empresa graduada do UPTEC utilizou superfícies de vidro para espelhar a água e a paisagem envolvente.

Já o pavilhão desenhado pela diogo aguiar studio é uma fachada contínua em toda a sua superfície curva, construída sobre quatro níveis de tábuas verticais de madeira. A estrutura do pavilhão convida o visitante a percorrer o espaço imersivo da mediação – como um caminho de antecâmara – sem revelar o núcleo central – como espaço fechado -, o local de projeção onde é exibido o filme.

Serralves Pavilion, FAHR 021.3. Foto:DR

A FAHR 021.3, startup fundada por Filipa Fróis Almeida e Hugo Reis, apresentou uma obra artística que não interfere com a leitura do jardim, mas que permite explorar uma relação subtil com o meio envolvente, a topografia, a vegetação e os percursos. O pavilhão estabelece um equilíbrio entre a integração perfeita com a vegetação do Parque de Serralves e proporciona uma exibição perfeita para uma peça de vídeo.

No leque de projetos em exposição está também o edifício do i3S – Instituto de Inovação e Investigação em Saúde da U.Porto, projetado pelo gabinete Serôdio, Furtado & Associados, Arquitectos.

A representação portuguesa na Bienal de Veneza inaugurou em maio e estará em exposição aberta ao público até 25 de novembro de 2018.