A medicina espacial tenta descobrir, prevenir e tratar várias respostas fisiológicas adversas e hostis encontradas no ambiente aeroespacial. (Foto: ESA)

Pedro Caetano e Carolina Moreira, antigos estudantes do Mestrado Integrado em Medicina do Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar (ICBAS), vão levar o nome da Universidade do Porto até ao espaço… Isto porque ambos foram selecionados para integrarem o curso “Principles of aviation and space medicine” (Princípios da aviação e medicina espacial) da Universidade do Texas em colaboração com a NASA, a agência espacial norte-americana.

A viagem espacial dos dois alumni começou com a candidatura ao programa, através da página online da Universidade do Texas. Motivava-os então o  “fascínio sobre este tema dada a expansão em que se encontra” e, ao mesmo tempo, a vontade descobrir “uma área muito pouco explorada em Portugal, quer numa perspetiva de investigação, quer no retorno de conhecimento para o nosso país”.

O foco central da formação será a medicina aeroespacial, uma especialidade médica que “tenta cuidar, reabilitar e prevenir condições a que as tripulações [de voos espaciais] são particularmente suscetíveis, aplicando o conhecimento médico para os factores humanos na aviação”, explica Pedro Caetano. Mas quais são afinal as funções de um «médico espacial»? “Podem ir desde medidas de suporte de vida para os astronautas, ao reconhecer um ouvido afetado numa criança que viaje num avião com altitude de pressão de cabine elevada”, descreve o médico, sobre “uma área pouco desenvolvida no nosso país, mas a qual fará sentido explorar e inovar, visto que os constantes avanços tecnológicos ditam que estará bastante presente num futuro próximo”.

Prestes a iniciar a aventura de uma vida, Pedro e Carolina falam das experiências internacionais proporcionada pela U.Porto (mobilidade Erasmus em Roma e estágio em Varsóvia e Intercâmbio em Maceió, respetivamente), como um grande contributo para a presença na formação americana. Dois anos após terem concluído o curso do ICBAS (em 2012), os dois alumni querem, contudo, ir mais além. Pedro Caetano, por exemplo, aspira a uma futura carreira como “médico aeroespacial e aeronáutico, com o intuito de poder vir a trabalhar um dia na NASA ou na ESA (Agência Espacial Europeia), importando o conhecimento adquirido para o âmbito nacional e europeu”. Porém, uma coisa é certa: para o casal de antigos estudantes da U.Porto, o destino é o espaço.