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Os veículos autónomos não tripulados desenvolvidos pela FEUP vão estar em exercícios com as marinhas dos EUA, Noruega, Suécia e Qatar.

Arrancou no dia 6 de julho, nos Açores, o REP Atlantic 15, um exercício internacional que conta com a participação da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) e que tem como principais objetivos desenvolver capacidades de planeamento e controlo de operações de sistemas de veículos submarinos, de superfície e aéreos, através de redes de comunicação interoperadas.

Esta é também uma forma de promover a imagem técnico-operacional de Portugal na área dos veículos autónomos junto de algumas das potências internacionais no capítulo do mar.

Este exercício é composto por três fases. Na primeira, de 6 a 12 de julho, vão decorrer operações simultâneas em Ponta Delgada, no Faial e no Pico. Pretende-se essencialmente endereçar o mapeamento dos fundos com recurso a AUVs, e o mapeamento com recurso a câmaras híper-espectrais instaladas a bordo de UAVs. Haverá ainda uma componente de comunicação e localização submarinas realizadas com recurso a AUVs e Wave Gliders, operados a partir do NRP Gago Coutinho. Na zona de São Miguel pretende-se desenvolver a capacidade de proteção portuária, guerra de minas, busca e salvamento e fiscalização marítima. Nestas ações serão utilizados veículos submarinos e aéreos autónomos, operados a partir de terra em Ponta Delgada e a partir do NRP João Roby.

A segunda fase, de 13 a 19 de julho, terá lugar no banco de São Mateus e procura realizar o seguimento de cetáceos e caracterizar as condições ambientais das suas áreas de alimentação. Estas operações decorrerão a partir do NRP Gago Coutinho e das embarcações do IMAR/DOP-UAç, ficando a cargo do Instituto Hidrográfico a caracterização das condições ambientais. Na baía do Porto do Faial serão executados os levantamentos hidrográficos, com recurso a AUVs, tendo em vista o apoio a forças expedicionárias, bem como participar em cenários de busca e salvamento marítimo.

Já no Faial, de 20 a 28 de julho, entramos na última fase onde se prevêem caracterizar as fontes hidrotermais e o mapeamento de fundos, estando para o efeito prevista a utilização de AUVs e de UAVs.

O REP teve início em 2010, resultado de uma organização entre a Marinha Portuguesa e da Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP). Em 2014 a organização foi alargada ao Centre for Maritime Research and Experimentation (CMRE) e este ano associaram-se o Instituto do Mar/Departamento de Oceanografia e Pescas, da Universidade dos Açores (IMAR/DOP-UAç).

A forte adesão internacional nesta edição é marcada pela participação da Marinha dos Estados Unidos da América, através do Undersea Warfare Center (NUWC), da Universidade de Michigan e da NASA; da Noruega, através da Norwegian University of Science and Technology (NTNU) e da Agência de Investigação de Defesa da Noruega; e da Suécia, através do Royal Institute of Technology. Participa ainda a empresa nacional OceanScan Marine Systems & Technology, Lda, e representantes da Marinha do Qatar, na qualidade de observadores.