Sabia que o musgo que habita as paredes dos edifícios antigos pode ter um papel protetor? E o que diria a uma uma noite passada a descobrir os mistérios guardados no Jardim Botânico do Porto? Passam por aí as duas propostas preparadas pelo Museu de História Natural e da Ciência da Universidade do Porto (MHNC-UP) para celebrar o Dia Internacional dos Museus e a Noite Europeia dos Museus, a 18 e a 20 de maio, respetivamente.
As «festividades» arrancam na manhã de 18 de maio, Dia Internacional dos Museus e pretexto para um convite à descoberta de um património vivo da cidade do Porto. Falamos dos musgos e líquenes que, habitando na infinidade de nichos dos edifícios mais antigos, e encarados muitas vezes como agentes de degradação do património, podem afinal contribuir para uma melhor qualidade de vida e funcionar como uma antena de poluição do ar.
Através de um percurso com início às 11h00, na Igreja dos Clérigos, e que irá desenvolver-se pelo centro histórico do Porto, os visitantes ficarão assim a conhecer algumas curiosidades e mitos sobre estes pequenos organismos que podem ser quase tão antigos quanto as paredes sobre as quais vivem.
Dois dias depois, a 20 de maio, domingo, o MHCV-UP volta a estar em festa, desta vez para assinalar a Noite Europeia dos Museus. E que melhor de forma de fazê-lo do que numa visita nocturna exclusiva à novíssima Galeria da Biodiversidade – Centro Ciência Viva e ao histórico Jardim Botânico do Porto?
Orientada pelo diretor do MHNC-UP, Nuno Ferrand de Almeida, e pelo Diretor do Jardim Botânico do Porto, Paulo Farinha Marques, esta sessão vai conduzir os participantes numa viagem pelos universos da ciência, da literatura e da arte, dando-lhes desta forma a conhecer as mais fantásticas histórias que aqueles espaços têm para contar.
A participação nas duas atividades é gratuita, mas sujeita a inscrição prévia através do e-mail [email protected].
Mais informações em mhnc.up.pt.
Celebrar Fernando Lanhas
Ainda no âmbito das celebrações do Dia Internacional do Museus, a Fundação Marques da Silva (FIMS) vai promover, a 18 de maio, uma sessão de Diálogos com Fernando Lanhas. Com início às 18h00, na Casa-Atelier José Marques da Silva, a sessão contará com a participação de um arquiteto, Luís Soares Carneiro, um físico, Manuel Marques, e uma historiadora de Arte, Lúcia Almeida Matos, ais quais caberá debater e pensar o legado do pintor e arquiteto Fernando Lanhas (1923-2012), pioneiro da abstração em Portugal, antigo estudante da Escola Superior de Belas Artes do Porto (precursora das faculdades de Arquitectura e de Belas Artes da U.Porto) e Doutor Honoris Causa pela Universidade do Porto (2005).
A conversa será moderada por Luís Viegas e Rui Américo Cardoso, investigadores do Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade de Arquitectura da U.Porto (FAUP), e comissários do programa que está a ser gizado para sinalização da doação do acervo de Fernando Lanhas à FIMS. Mais informações aqui.